sábado, 17 de setembro de 2011

Reflection #2

Ontem conduzi pela segunda vez o carro do meu falecido Avô.
Muitos sabem que eu adorava o meu avô, plenamente,
Muitos sabem que me custa imenso falar dele sem gaguejar ou lacrimejar.
Já passou algum tempo desde do seu falecimento, mas mesmo assim custa imenso.

Bem! Ontem entrei no carro, não é a primeira vez desde que ele faleceu,
mas é só a segunda ao volante.
Senti me um pouco triste ao inicio, a minha mãe quem circula com o carro,
Ela e a minha avó não gostam que eu ande com ele, eu sempre pensei que fosse falta de confiança na minha condução.
Mas ontem vi que não é isso...
O carro era do meu Avô, e ele tinha imensa estima pelo carro, agora todo sujo tanto por dentro como por fora, cheio de papeis, areia e pacotes de iogurte, graças á minha mãe.
Por isso pus me a limpar o carro, não por favor a minha mãe por ter me emprestado o carro.
Mas pelo meu Avô que nunca deixaria que o carro dele chegasse aquele ponto.

E enquanto limpava ia achando coisas que me deixavam emocionado,
Enquanto olhava para uma chuteiras em miniatura suspensas no espelho apercebi me de algo,
Este carro é do meu Avô, e ele o estimava muito, era dele, e por isso é uma espécie de ligação...
Não é falta de confiança a razão pela qual não me deixam pegar no carro...
É medo, medo de perder umas das únicas coisas que nos ligam a ele... e compreendi e senti me um pouco triste por ter sido criança nas minhas reacções quando era negado, o que eu achava o direito de conduzir.

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